
Nesta tarde estava pensando sobre quando será a última vez que abraçarei meu pai, ouvirei o “eu te amo” da minha mãe e irmã, beijarei minhas amigas, me olharei no espelho ou sorrirei. Pensamentos que me deixaram angustiada, o mesmo sentimento que a maioria sente, por isso, deixamos de pensar sobre a “última vez”, mas quando deixamos de pensar, não refletimos e, consecutivamente, não tomamos decisões que podem remediar tais vicissitudes.
O
fato é que seria injusto e desumano se soubéssemos a data da nossa morte, a
aproximação da morte faria parte das angustias diárias. O nascer do sol
deixaria de ser um momento de agradecimento, por mais um dia vivido, para ser
um momento de lamentação, por mais um dia perdido. As coisas são boas da forma
que são.
Parece
clichê, porém, a única forma de esperar sem dor pelo último dia é viver
intensamente, amar todos os dias e expressar verbalmente esse sentimento. Ter paciência, entender no desentendimento, amar na dor e sorrir nas lágrimas. Os seres humanos são estranhos e conseguem ir de um extremo a outro em minutos, isso porque exaltamos a nossa parte sentimental e deixamos pra outra hora a parte racional.
Que nunca me falte palavras para dizer "eu te amo", que o orgulho tenha medo de mim e que as brigas matinais não tenham consequências durante à noite.
Que nunca me falte palavras para dizer "eu te amo", que o orgulho tenha medo de mim e que as brigas matinais não tenham consequências durante à noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário